Essa noite sonhei, novamente, que estava numa região de conflito.
Era a mesma praia de um outro sonho, vista sob novo ponto de vista. Da primeira vez, estava eu no que me pareceu ser um castelo ou forte. A noite estava clara com as bolas de fogo que cruzavam o céu, vindas dos canhões dos navios. A construção onde eu estava encontrava-se em ruína.
Havia mais alguém ali, uma mulher que buscava esconder-se. Lembro de ter olhado pelo que deve ter sido uma janela, já transformada em vasto rasgão na parede. Senti minhas vestes e cabelos rodopiarem com o vento. Pulei para a areia da praia, por alguma razão a qual não recordo. Um estrondo acima da minha cabeça veio por trazer ao chão muitos tijolos... Nada mais lembro.
O sonho dessa noite me trouxe à memória a mesma praia, num misto de passado e presente. Um amigo, que aqui chamarei de “Peter”, estava diante de mim. Era noite, como na ocasião anterior. Lembro de dizer-lhe: “Não precisa ter medo. Você ficará bem”; como se já soubesse de tudo que estava por ocorrer.
Um som retumbante cortou o ambiente, deixando o Peter alardeado. Segurei-lhe o pulso: “Tenha calma”; e, poucos segundos depois, a praia estava inteira a tremer com o impacto – tardio – da projétil ao fundo do oceano.
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