quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Estou de Volta!

Oi, pessoal!

Apos tres anos sem contato por esse blog, parte de mim esta retornando a ele para nao deixar meu Portugues morrer, para fortalecer minhas raizes, e para que o meu cerebro se lembre de pensamentos antigos.

Primeiramente, lamento os erros de grafia que voces encontrarao aqui. Os teclados de computador que uso por aqui estao desconfigurados para o Portugues, e fica muito dificil usar a paleta de caracteres (eh assim que se diz em Portugues?) para consertar todas as palavras grafadas erroneamente. Entao, paciencia comigo, por favor.

Como vao? Ja faz tanto tempo desde que deixei esse blog, e a verdade eh que eh um pouco estranho retornar a ele. Eu estava aqui lendo os artigos antigos, os comentarios encorajadores de todos que acreditaram no meu potencial, e me senti um bocado saudosa. Eu nao sei se sou a pessoa que todos voces esperaram que eu me tornasse, mas vamos dizer que todos os dias tenho lutado para nao desapontar ninguem, para nao desapontar a mim mesma.

Ainda estou nos EUA, porem com previsao de retorno ao Brasil em janeiro de 2012. No momento eu trabalho como jornalista e escritora. Eu me formei em junho desse ano, estive por alguns meses na California -- enquanto Michael, meu namorado, terminava o estagio dele na Facebook -- e agora estou novamente em Wisconsin, dessa vez na cidade de Madison. Tenho me dedicado integralmente aos meus escritos, e acredito que pelo menos nesse sentido estou cumprindo antigos chamados.

Apesar de eu ja ter terminado aquele blog, voces podem ler a respeito dos meus dias na Lawrence University atraves do Historias da Lawrence University. La voce encontrara videos, fotos e todas as descricoes que pude dar de como foi minha vida como aluna internacional.

Se voce nao se importar com ladainhas sobre a vida como escritora, meu trabalho, e uma versao mais atualizada do que tenho feito por aqui, recomendo acompanhar Rebecca Carvalho, que eh o meu blog "oficial". O detalhe, no entanto, eh que eh em Ingles. Lamento se voce nao puder acompanha-lo, mas vou tentar ser mais presente por aqui tambem, em Portugues.

Muito obrigada por tudo, e espero entrar em contato com voces mais vezes. Sintam-se livres para mandar comentarios.

sábado, 6 de setembro de 2008

Retrospectiva Rebecca -- Parte II


Dia de empacotar livros... É estranho decidir quais levar, quais deixar. Não há exatamente um critério, só o das obras que têm valor sentimental para mim; e outras que são realmente importantes ter por perto, como um volume único de Matemática -- levando em consideração que as Ciências Exatas sempre me perseguiram, aonde quer que eu fosse.

E sempre que estou empenhada em definir o que levarei comigo, não posso deixar de lembrar de tudo por que passei até aqui. Como, por exemplo, a escolha das universidades para as quais aplicar, e também os SATs e Toefl.

Escolher as escolas é bastante complicado, principalmente porque é como estar escolhendo uma nova casa para morar. Não adianta procurar as melhores instituições, se você não gosta de cidade grande / meio suburbano. Lia as missões das universidades, e procurava entender com o que elas se comprometiam no ensino das majors; e assim ia marcando na lista os locais que mais me interessaram: University of Pennsylvania; Barnard College; Ithaca College; e Lawrence University.

Estava focando, no início, na Nova Inglaterra, mas acabei indo para a região centro-leste dos Estados Unidos, sem perceber. A Lawrence University, na minha cabeça, não iria me aceitar -- ela era muito rígida nos SATs, e eu achava que não havia conseguido notas tão competitivas. E após um tempo silencioso, comecei a ouvir palavras de consideração da Lawrence.

O que mais me chamou a atenção foi o quê acolhedor de todos os e-mails. Os membros do escritório de admissões da escola eram bastante atenciosos e complacentes, e escreviam e-mails sempre muito detalhados. Aos poucos fui entendendo a importância da comunidade de alunos internacionais para a Lawrence, e o quanto eles precisavam ser criteriosos na escolha. "Seja o que Deus quiser, então...". E quando a resposta foi afirmativa, nem acreditei!

Guardando todos os livros que irão comigo (como O Diário de Anne Frank; Literatura Americana / Brasileira / Portuguesa; dicionários de estimação...) pensei no quanto batalhei por essa nova etapa da minha vida; e também no quanto pretendo estudar na Lawrence. A universidade me deu uma oportunidade única, e preciso corresponder às expectativas que estão depositando em mim, única brasileira da turma de 2012.

Muito mais que Rebecca, preciso ser o Brasil inteiro, e saber representá-lo bem, com honra. Não pretendo, definitivamente, desapontar ninguém.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Retrospectiva Rebecca -- Parte I


Já é setembro..! E esse mês, para mim, quer dizer dezembro. Como assim? Eu sei, confuso. Explico: No mês de dezembro normalmente estou mais inclinada a fazer análises da vida que tive até então; de como foi o ano, e o que fiz de bom (para continuar investindo nisso), e o que fiz de ruim (para não cair no mesmo erro). Todo mundo faz isso, em maior ou menor grau; é um exercício bastante saudável, até.

Nesse caso setembro ganhou ares de dezembro, porque significa início de uma nova etapa. Como vocês sabem estou me mudando para a Lawrence University na semana que vem, e até já trabalho num outro blog (Eu... Aluna Internacional) onde narro as minhas aventuras como estudante em terras estrangeiras; e isso tudo vem causando um rebuliço enorme dentro de mim, e das pessoas com quem convivo.

Decidi, então, fazer uma retrospectiva dos momentos decisivos que me levaram a aplicar (apply) para uma universidade no exterior, e culminaram com a minha aceitação por ela. Sei que muitas outras pessoas estão iniciando a mesma batalha, e acredito que as minhas palavras possam servir de algum consolo - ao menos do ponto de vista de alguém que sobreviveu ao processo inteiro.

Quando me transporto para trás percebo que, de algum modo, sempre estive voltada à possibilidade de estudar fora. Ou melhor... possibilidade não... Inclinada ao desejo de sair do Brasil, ao menos por algum tempo, e aprender envolta por uma cultura diferente. Porque a minha família nunca teve condições de arcar com os gastos de uma vida em terras de além-mar. E, em verdade, a minha mãe já disse em entrevista que sempre escutou os meus planos - até então de criança - e suspeitava seriamente de que eu estivesse "viajando na maionese". Não porque fosse uma menina sonhadora, mas porque fossem planos aparentemente de impossível realização. Encorajador, não? Mas pelo menos nunca me disseram "Está maluca, criança?", e então cresci acreditando que no final, de alguma maneira, tudo daria certo.


Desde pequena eu sabia que o meu destino seria estar junto da escrita. Eu precisava sempre poder escrever, e ter a atividade não apenas como hobby, mas como sustento, mesmo - porque eu não poderia viver sem ela. E no colégio participava de concursos de redação; e cheguei a ganhar alguns, sim. Ficava feliz não pelo prêmio em si, mas pela certeza de que estava no caminho certo para mim.

Escritora? Sim, também. Mas faltava algo. Eu queria escrever e trazer alegria às pessoas, mas não como escritora. Queria ver a vida acontecer, e não escrever apenas sobre histórias fictícias. Precisava sentir a força dos acontecimentos, e ter força o suficiente para interferir na História... fazer História! Como tantos homens corajosos que se muniram de papéis e canetas para denunciar os horrores da impunidade, como esses jornalistas que avançavam para o front, como se soldados fossem, e escreviam o que viam com apenas um temor: O de que nada fosse feito para mudar aquela realidade.

Eu precisava ser jornalista, e correspondente de guerra foi a minha escolha de vida. E por isso venho lutando desde que me entendo por gente. E o desejo me remete aos povos africanos e do Oriente Médio, os quais tomo como indivíduos de minha própria família - para onde quero rumar com a certeza de que sou filha daquelas terras. Estudar fora me possibilitaria encontrar estes irmãos desconhecidos mais depressa, e por isso a importância dos applications ganhou peso redobrado nas minhas costas. Como eu sentia que precisava partir por eles, não poderia deixar que a oportunidade de aproximação fosse minada por falta de conhecimentos ou concentração.

E todo o processo começou no reencontro dos Jovens Embaixadores, em maio de 2007, em São Paulo - SP. Éramos vinte e cinco pessoas diante da Rita Moriconi, educational adviser da Fulbright; e também três garotos que haviam passado por tudo o que nos aguardava, e saído vitoriosos.

Eu queria conseguir, e sabia que podia - mas temia o que estava por vir. Precisava estudar mais, e preocupar-me também com a faculdade no Brasil que iniciara no mês anterior; as notas precisavam estar impecáveis para o momento de apresentar o meu histórico escolar. E os SATs (espécie de vestibular americano) eram-me novo desafio apresentado: Mais uma vez a Matemática a se insinuar na minha vida.


Levava os livros comigo aonde quer que eu fosse. Comecei a estudar Espanhol sozinha, com a ajuda do site da BBC (BBC Learning Spanish), e depois me inscrevi numa cadeira de Espanhol Instrumental com calouros de Publicidade e Propaganda. Fazia exercícios de Matemática (!) na hora do almoço, naquelas mesas vermelhas do restaurante do CAC (Centro de Artes e Comunicação), o Aquarela; distraindo-me de vez em quando para observar a passagem dos alunos estrangeiros, e desejando algum dia também ser uma aluna internacional. O livro de História Geral da época de Colégio Militar também foi dos mais úteis!

O dia das provas se aproximava a todo vapor, e precisava definir para quais universidades aplicar... Estava com tanto medo que nem sou capaz de descrever!

[continua...]






domingo, 24 de agosto de 2008

Você chora facilmente?


Nesse final de semana eu descobri, ora vejam só, que tenho leitores fora os que normalmente deixam comentários (ou deveria dizer fora o que normalmente deixa comentário?). Isso é incrível - fico feliz por saber que alguém se interessa pelos posts que deixo aqui. Obrigada!

Enfim, a razão para esse novo post, já tarde no domingo, é o choro. Sim, o choro. E, na verdade, muito mais que isso - o sentimentalismo. Eu choro fácil, e você? Não na frente de estranhos; mas se eu estiver em família, totalmente desarmada psicologicamente, sou capaz de chorar até com comercial de TV. Por falar nisso, há um novo em que um rapaz explica que a voz do pai sempre foi um referencial para ele, e acaba com a seguinte frase, após telefonar para ele: "Eu só queria ouvir a tua voz". Nossa, agüento firme; olho para cima, para as lágrimas não caírem; e disfarço a voz presa na garganta... porque é difícil imaginar como serão os próximos meses sem a minha mãe, quando estarei morando nos EUA.

Mas fica a pergunta, sem estereótipos (ou fazendo o possível para não revestir as palavras com isso): Por que o povo brasileiro chora tão fácil? Sim, e por que nos apegamos tão facilmente? Eu adoraria entender. Para falar a verdade há uma série de estudos sociológicos por trás desse aspecto cultural feitos por Sérgio Buarque de Holanda, e outros estudiosos; mas mesmo após estudar o assunto ainda estou intrigada. É uma marca forte demais para ser 100% compreendida em um semestre.

Assunto de uma matéria do Fantástico do dia 24/08 (hoje...), a característica chamou a atenção durante as Olimpíadas. Ah, claro que o atleta iria chorar de emoção ou tristeza, perfeitamente normal! Sim, concordo - mas ficou tão explícito que não conseguimos segurar a emoção nesses momentos, quando outras pessoas (logicamente, não é uma regra!!! Vi muita gente chorando nesses Jogos da Era Moderna, e não havia 'Ordem e Progresso' na bandeira nacional deles) se continham. Sem falar na seção de embarque de um aeroporto, onde foi gravado um grupo de pessoas chorando ao se despedir de alguém.

Lembro de estar num aeroporto em Washington D.C., justamente pensando: "Onde estão as pessoas se despedindo e chorando?". Lógico que elas vão lá se despedir dos seus amigos e familiares, e há quem derrame lágrimas, também; porém o que chama a atenção é o fato do meu inconsciente ter sentido falta desse cenário. Em Belo Horizonte, por exemplo, quando estava fazendo hora no aeroporto, esperando pelo meu vôo para Recife, estava perambulando pelos corredores com a minha amiga Johany, da Venezuela, quando vimos a seguinte cena: Uma mulher sendo amparada por dois rapazes altos, todos chorando convulsivamente, afastando-se do portão de embarque. Nossa, parecia que tinham mandado alguém para a guerra!

Por que somos tão sentimentais? Algumas vezes fui considerada uma 'pessoa fria' (não se assustem, só os meus dias "seja uma pessoa mais prática"), mas após tantos meses em contato com pessoas de outras culturas venho me descobrindo cada vez mais brasileira. É como negar o próprio sotaque. "Não, eu não falo assim...", e começar a escutar a si próprio quando em companhia de indivíduos de outros Estados: Verdadeira crise de identidade!

Aos poucos, às vezes bruscamente, vou entendendo quem é a Rebecca, e do que ela é feita. E, honestamente, não me agrada muito sentir que sou mais ligada às pessoas do que deveria; que me importo demais com os outros; que desejo (vejam só que absurdo!) afeto; e que choro... Ah, eu choro...

sábado, 16 de agosto de 2008

Pedido de Desculpas Oficial


Saudações a todos! Acreditem ou não, hoje fui convidada a fazer uma participação numa rádio. Apesar de não ser realmente o meu ponto preferido no jornalismo, foi um belo convite! Caso dê certo, realmente, avisarei em qual estação devem sintonizar, e o horário - que provavelmente é das 6:00am às 8:00am, num sábado (eu sei!). Incrivelmente honrada!

Contudo... as minhas aventuras pela área de Comunicações não é a razão desse post de urgência - e é... pensando bem. Recentemente descobri o canal online de um garoto "chamado" KevJumba, no YouTube. Extremamente talentoso, e engraçado, aconselho a todos para que vejam algum dos vídeos dele. Dicas: "College Here I come", e "Girls are like M&M's" são dois clássicos desse jovem comediante.

Inspirada por ele, então, decidi filmar a mim mesma. Sim, peguei a minha Canon, posicionei sobre uma pilha de livros na bancada onde fica o computador; e comecei a falar com a câmera. Oi? É, ridículo, eu sei - nada KevJumba. Pois ele, pelo menos desconfio, planeja os vídeos; e eu estava apenas curiosa acerca de como iria aparecer na telinha. Resultado: SUSTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Conclusão: Preciso fazer um pedido de desculpas oficial a todos vocês que são obrigados a conviver com a minha aparência desleixada. O meu cabelo, oh, céus... precisa de um corte urgente! A minha pele... ai ai... sem comentários! E os meus olhos? CANSADOS! Como andei eu por aí dando olhares cansados às pessoas? Podia ter matado alguém do coração, ou sei lá.

Então, prometo - prometo: Farei um ANTES/DEPOIS comigo mesma, e trarei ao blog. Chega de sustos! Obrigada KevJumba, você está salvando vidas!!!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Qual é o meu problema com os despertadores?


Eu sei que esse é um site de apoio moral e encorajamento, mas preciso tratar de um assunto que está ganhando proporções sérias na minha vida: O despertador!

Sério... pode parecer brincadeira, mas acho que estou criando algum tipo de imunidade contra esses aparelhos que interrompem o sono. Em primeiro lugar, eu não tenho nenhum convencional (portanto, se estiver pensando em me dar algum presente de despedida, aí está a dica...!); ou seja, sou adepta do "celular despertador" -- e a verdade é que tudo está ganhando dimensões tão exageradas que o próprio celular, para mim, só tem serventia se houver um bom alarme. Ele pode tirar foto; ter 1 milhão de toques; até atender a si próprio... Mas... se não tiver um bom despertador (e ainda lembretes programados para apitar a cada cinco minutos) não serve para mim.

Antes não ter um despertador comum fosse o problema... Vamos aos fatos: Nada me acorda mais. Tenho dormido como uma rocha, o que é prejudicial -- pois preciso acordar cedo para ir trabalhar. E não se trata de preguiça..: "Oi..? Ah, mais cinco minutinhos...". Não, não é isso!!! Trata-se de acordar desesperada, com o celular na mão (?) ou entre as cobertas, já em cima da hora, e não lembrar de tê-lo desligado... e não lembrar de ter levantado da cama, agarrado o dito cujo na minha escrivaninha.. (sim, coloco longe da cama, por via das dúvidas) e o carregado comigo de volta ao sono.

Isso é sério! É quase um caso de sonambulismo, eu diria. Portanto estou aceitando sugestões. Caso você sofra do mesmo mal, e queira compartilhar a sua história, pode escrever um comentário! Nem o toque "Apito de Navio" está funcionando mais...

sábado, 26 de julho de 2008

Lembrando dos Jovens Embaixadores


Estava conversando com a amiga da Jamaica, e me saí com a seguinte pergunta: "Quem é o seu melhor amigo aí na Jamaica?" -- eis que, para a minha surpresa, ela respondeu "Não tenho um melhor amigo".

Fiquei surpresa, levando em consideração o jeito extremamente amigável dessa garota que, tudo indica, estará bastante presente nos meus dias de Lawrentian -- como uma outra aluna internacional, que compreende os meus temores e alegria, e vinda de um país que aprendi a considerar como espécie de primo do Brasil. A verdade é que eu compreendi no ato o que ela estava dizendo.

Engraçado isso ter acontecido, porque essa semana me peguei escrevendo sobre como sempre desejei ter amigos de verdade e, felizmente, o destino me brindou com a presença dos jovens embaixadores. Frisando a importância de todos aqueles que conheci ao longo da minha vida, e que trazem qualidades tão especiais e inigualáveis -- mas que, mesmo assim, por razões que são condizentes apenas à minha natureza [porque eles não têm culpa de nada] sempre me senti incompleta, e desejosa de conhecer alguém que viesse me tirar dessa eterna sensação de que precisava de um amigo.

Nesse momento só posso pensar em como o Youth Ambassadors é um programa especial para mim, e que me fez estar em companhia de garotos tão incríveis! Vinte e cinco pessoas espalhadas pelo Brasil, cada qual com uma personalidade diferente -- tão distintos, e tão parecidos ao mesmo tempo! Não direi que somos uma família perfeita, e que sei de tudo o que se passa com cada um deles... mas direi que confio no potencial de cada um, e que os guardo no coração como queridos parentes distantes, que sabem se fazer presentes quando necessário -- mesmo através de uma mera lembrança.

Ainda vejo a Luiza I., loiríssima; Diego Ribeiro, tão elegante; e o simpático Ewerton... no aeroporto, aguardando a minha chegada para que pudéssemos ir para o hotel Fortune, em SP. Lembro de ter conhecido a minha primeira colega de quarto, Camila Carioni, e dos seus olhar compenetrado; e depois a Nayara, tão carioca. Recordo do Airton, que ouvia atrás da porta em busca de sinais de juventude ["onde estariam os jovens embaixadores?"], cuja primeira frase que me disse foi "Ah, olá, Rebecca!!!" -- e me deixou pensando "Ele sabe o meu nome!".

Ainda posso ouvir o Leonel [ou seria o Sílvio Santos?] e o seu quê de orador; sentir a mão firme do Luca, que me ajudou a levantar após meu escorregão diante de um shopping paulista [e olha que ele nem riu, tão gentil!]; assistir às caras e bocas do Diogo, sempre tão elétrico; ver o Léo corar diante de um feliz desaniversário.

São tantos "Bah!", "Uai", "Vixe...".

São tantas cores, risos, sorrisos...

São abraços que abraçam sem temor. São olhos que choram. Mãos que afagam o rosto em busca de algum consolo [da mão e do rosto].

São "Tchaus", e "Amo você".

Aviões e aeroportos apinhados de expectativas; lembranças; mais choro, e mais risos. Orações, e braços que se entrelaçam em orações de proteção e agradecimento; e de medo, também. Medo da altura; do destino; da vida.

...os melhores amigos que eu poderia ter desejado!