sábado, 28 de junho de 2008

Confissões de uma Internauta


É difícil ser uma internauta quando você não entende tanto assim de informática. Às vezes me sinto um pouco como os meus antepassados, e cruzaram o oceano Atlântico em busca do "Novo Mundo", e por mais que temessem estes mares nunca dantes navegados; e os monstros marinhos; e o abismo além do horizonte... mesmo assim -- com toda a coragem do mundo -- se aventuraram em razão dos seus objetivos.

Cá estou eu, com uma única fonte de desabafo: Meu blog. Nem tenho tantas esperanças, na verdade, que estas linhas virtuais sejam lidas... mas pelo menos fiz minha parte. Acreditem ou não, estou sem identidade digital; sem endereço; sem casa... abandonada na rua da amargura da rede mundial de computadores!

Desgrudei da web (ou fui arrancada dela?). Ou a Dona Aranha Internet não me achou tragável? Não saberia dizer... A urucubaca online invadiu a minha vida, e me deixou sem e-mails. Logicamente não citarei as excelentíssimas empresas, mas aqui fica registrada a minha exasperação diante disso -- porque, quando eu mais precisava, tive minhas contas canceladas! Isso mesmo, DUAS! Nunca pensei que usaria essa frase, mas para tudo há uma primeira vez: "Eu sou inocente!!!".

Enviei tantos e-mails (necessários, visto que estou na luta por fundraising...) que, provavelmente, as empresas me chamaram de spam. Logo eu, que procuro fazer tudo certinho, nos conformes! Logo eu, que evito até matar insetos -- depois de ter visto Karatê Kid (aquela versão com a menina...).

Eu não sou spam!!! Eu não sou spam!!!

[continua...]

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Reporter's Notebook


Hoje eu ganhei um presente especial -- exatamente como diz na embalagem: "United States Postal Service - gift". E, embora eu não seja uma Parkie, preciso comentar a gentileza que fizeram hoje. Tenho ao meu lado um 'reporter's notebook', que nada mais é que um caderninho de jornalista, desses onde podemos anotar tudo o que vemos e ouvimos. São setenta folhas em branco, esperando ser preenchidas pelos meus relatos.

O que isso quer dizer? A simbologia é tão forte que me deixa emocionada. O Departamento de Jornalismo da Ithaca College me fez um pedido importante... me disse para começar! Vocês não percebem? Há tanta coisa envolvendo a profissão que eu nem sou capaz de medir... não é simplesmente entrar para uma boa faculdade -- é, verdadeiramente, ser observador e participante da vida já desde fora de muros acadêmicos.

É como se dissessem... "Nós acreditamos em você. Está pronta!". É exatamente assim que eu me sinto, PRONTA para começar... PRONTA para fazer a diferença, e ser eu mesma, 100%. Cada linha desse caderno espera por palavras fortes o suficiente para dar voz a uma série de pessoas -- todas elas a quem me comprometi, a quem empenhei meu coração.

Parkie ou Lawrentian... Não importa de que família você veio; mas o que você traz dentro de si.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Lembranças de quase inverno

Apesar de não ter acordado no meu melhor humor (TPM, possivelmente), com uma tristezinha lá no fundo do coração, de quem está inquieto com alguma coisa; parece que agora, quase 09:00h de uma nebulosa manhã de quinta-feira, meu espírito encontrou algum conforto.
Lá fora o sol briga com as nuvens, que não o deixam sair por completo. A pintura do prédio adiante, meio descascada, brilha com a luz teimosa -- insistente. Logo será inverno... mas, em Recife - Veneza Brasileira - a estação "fria" tem ares moderados.
Assim é o mês de junho na minha terra. Entre nuvens, e chuvas noturnas. Intensas chuvas noturnas, de céu marron, café-com-leite. E, por alguma razão, é o período do ano que mais me lembra o Colégio Militar -- e o meu coração sorri em regozijo.
Estava lembrando do vento gelado da madrugada, cortando a pele as 6:30am. Os alunos andando juntos, em bandos, nos corredores abertos, para se proteger da ventania. Costumava dizer que nessa época todos ficavam mais amigos! Eu, ao mesmo tempo que prezava uma boa vida social, também me alegrava com o simples caminhar sozinha.
Sim, andar envolta pelos próprios pensamentos. Tantos sonhos furvilhando ao meu redor, fluindo através do meu corpo! E uma sensação prazerosa no peito, de quem queria abraçar o mundo, e ter o máximo de conhecimento de que o meu cérebro fosse capaz de armazenar. Passar pela biblioteca; ir às aulas; chegar em casa, e começar a estudar - enfiada no quarto, porta fechada - após o almoço, lá pelas 2:00pm.
Há algo de muito mágico nessas lembranças...