sábado, 26 de julho de 2008

Lembrando dos Jovens Embaixadores


Estava conversando com a amiga da Jamaica, e me saí com a seguinte pergunta: "Quem é o seu melhor amigo aí na Jamaica?" -- eis que, para a minha surpresa, ela respondeu "Não tenho um melhor amigo".

Fiquei surpresa, levando em consideração o jeito extremamente amigável dessa garota que, tudo indica, estará bastante presente nos meus dias de Lawrentian -- como uma outra aluna internacional, que compreende os meus temores e alegria, e vinda de um país que aprendi a considerar como espécie de primo do Brasil. A verdade é que eu compreendi no ato o que ela estava dizendo.

Engraçado isso ter acontecido, porque essa semana me peguei escrevendo sobre como sempre desejei ter amigos de verdade e, felizmente, o destino me brindou com a presença dos jovens embaixadores. Frisando a importância de todos aqueles que conheci ao longo da minha vida, e que trazem qualidades tão especiais e inigualáveis -- mas que, mesmo assim, por razões que são condizentes apenas à minha natureza [porque eles não têm culpa de nada] sempre me senti incompleta, e desejosa de conhecer alguém que viesse me tirar dessa eterna sensação de que precisava de um amigo.

Nesse momento só posso pensar em como o Youth Ambassadors é um programa especial para mim, e que me fez estar em companhia de garotos tão incríveis! Vinte e cinco pessoas espalhadas pelo Brasil, cada qual com uma personalidade diferente -- tão distintos, e tão parecidos ao mesmo tempo! Não direi que somos uma família perfeita, e que sei de tudo o que se passa com cada um deles... mas direi que confio no potencial de cada um, e que os guardo no coração como queridos parentes distantes, que sabem se fazer presentes quando necessário -- mesmo através de uma mera lembrança.

Ainda vejo a Luiza I., loiríssima; Diego Ribeiro, tão elegante; e o simpático Ewerton... no aeroporto, aguardando a minha chegada para que pudéssemos ir para o hotel Fortune, em SP. Lembro de ter conhecido a minha primeira colega de quarto, Camila Carioni, e dos seus olhar compenetrado; e depois a Nayara, tão carioca. Recordo do Airton, que ouvia atrás da porta em busca de sinais de juventude ["onde estariam os jovens embaixadores?"], cuja primeira frase que me disse foi "Ah, olá, Rebecca!!!" -- e me deixou pensando "Ele sabe o meu nome!".

Ainda posso ouvir o Leonel [ou seria o Sílvio Santos?] e o seu quê de orador; sentir a mão firme do Luca, que me ajudou a levantar após meu escorregão diante de um shopping paulista [e olha que ele nem riu, tão gentil!]; assistir às caras e bocas do Diogo, sempre tão elétrico; ver o Léo corar diante de um feliz desaniversário.

São tantos "Bah!", "Uai", "Vixe...".

São tantas cores, risos, sorrisos...

São abraços que abraçam sem temor. São olhos que choram. Mãos que afagam o rosto em busca de algum consolo [da mão e do rosto].

São "Tchaus", e "Amo você".

Aviões e aeroportos apinhados de expectativas; lembranças; mais choro, e mais risos. Orações, e braços que se entrelaçam em orações de proteção e agradecimento; e de medo, também. Medo da altura; do destino; da vida.

...os melhores amigos que eu poderia ter desejado!

Um comentário:

[Leonardo] disse...

Becca! Me pegou de surpresa esse teu post. Acabei chorando, visse?
Amo vc, amo os JEs! =]

Adorei, adorei!